Mito do agrotóxico: desmascarando manchete tendenciosa. Vocês tem o costume de replicar uma notícia apenas pela manchete?

Exemplo: “Pesquisa da Anvisa aponta laranja e abacaxi como alimentos com maior risco por agrotóxico”. Alguém lendo essa manchete pode pensar: Eu não vou mais comer laranja e abacaxi, pois vou ser envenenado… Não é bem assim.

Outro ponto da matéria que vale ser levantado é:

“No cálculo do risco do consumo dos alimentos analisados não foram considerados fatores de processamento dos alimentos, como a retirada da casca de frutas, lavagem, entre outros. Geralmente, quando são levados em consideração, normalmente há uma diminuição da concentração de resíduos nos alimentos”.

Ou seja, na manchete eles falam de abacaxi e laranja. São dois alimentos que não são consumidos com casca. Se antes disso seria 1,11%, depois o risco teria uma redução significativa.

Maioria não apresentou risco agudo: no geral, a avaliação concluiu que 1,11% das amostras representavam risco agudo potencial à saúde – ou seja, a grande maioria, quase 99%, não apresentou esse problema. É a primeira vez que a Anvisa monitora esse risco, relacionado às intoxicações que podem ocorrer dentro de um período de 24 horas.

Alguns alimentos com risco agudo: feijão e repolho apresentam riscos de 0,2%. Esses alimentos dificilmente são consumidos crus, ou seja, passam pela água antes de chegar à mesa. O restante são frutas e verduras, que passam pelo processo de higienização.

Cuidado com manchetes sensacionalistas.

Confira aqui como evitar toneladas de desperdício ao ano com uma prática simples.

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