Você já se perguntou de onde vem a sua comida? Saber a origem dos alimentos da nossa mesa passou de ser uma preocupação e tornou-se uma necessidade. O Blockchain usa a tecnologia de base do Bitcoin para facilitar o mundo do Agro.

Eu aposto que você, muitas vezes, não faz a mínima ideia da onde veio aquele tomate, maçã e couve que come diariamente. Esse assunto é uma preocupação das indústrias de alimentos que investem cada vez mais em tecnologia.

Já dissemos tanto no canal como no site que os investimentos em tecnologia no agro são importantíssimos para o desenvolvimento do setor para buscar melhorias dos procedimentos e para que o alimento chegue no melhor estado possível para você.

E viemos falar hoje da novidade tecnológica. O Blockchain.

Mas o que é o Blockchain?

Ele é um banco de dados descentralizado* que funciona como uma espécie de livro de registros digitais. Exemplo: Como se fosse um caderno em que as anotações foram feitas a caneta e não podem ser apagadas.

O sistema ainda é uma promessa no mundo Agro e divide-se em dois tipos: o público e o permissionado. O Público usa a base de sistemas do Bitcoin. Ou seja, Nele qualquer pessoa pode participar e os dados não são rastreáveis.

No permissionado há um supervisor que controla quem pode escrever no blockchain ou não. Esse supervisor é responsável por checar a identidade dos membros que fazem todos os registros.

Isto quer dizer que em caso de fraude, o processo é “quebrado” e o responsável detectado, como explicou Percival Lucena pesquisador da IBM responsável pela blockhain em entrevista ao Caderno agro (estadão).

Por que ela pode ser importante?

Essa tecnologia pode ser a solução para garantir o rastreamento das etapas, dar transparência aos processos e reduzir a burocracia no agronegócio brasileiro.

A IBM é uma das companhias à frente de vários projetos piloto no País. Como o primeiro teste feito na segunda safra 2016/2017, na unidade de Ribeirão do Sul (SP), que recebeu 650 mil toneladas de milho.

No entanto o uso dessa tecnologia em larga escala AINDA não se mostrou viável economicamente por questões técnicas

O próximo passo do projeto é fazer o rastreamento de 400 hectares de soja orgânica de uma das fazendas da CGG (Mato Grosso). Já o segundo, já em andamento, é uma parceria entre IBM Senior Sistemas e Coocafé para desenvolver um blockchain voltado ao controle de estoques de café.

No que o Bitcoin do Agronegócio pode ajudar?

O blockchain pode auxiliar na tomada de decisão, pois ele disponibiliza dados tanto no aspecto técnico (enviando infs de sensores de umidade, temperatura, precipitação pluviométrica) como no lado financeiro (compra e venda de produtos pela rede)

Ela pode ajudar também o GOVERNO, no processo de fiscalização de cadeias complexas como a da pecuária. Isso pode aumentar a credibilidade da produção, evitando episódios como o da Operação Carne Fraca, que divulgou problemas existentes em 0,5% dos frigoríficos nacionais como se fosse realidade em toda a cadeia produtiva.

As abelhas realmente são importantes? Veja aqui.

Inscreva-se e fique ligado nas novidades no canal oficial do AgroNãoMia.